Oposição exige demissão de Ehud Olmert
Conhecido hoje, o relatório conduzido pelo juiz Eliahou Winograd analisa de forma crítica todos os acontecimentos que ocorreram durante o conflito que opôs Israel e Líbano, entre 12 de Julho e 14 de Agosto de 2006. Apesar de não pedir explicitamente o afastamento de Olmert do Governo israelita, o inquérito deixa o primeiro-ministro numa posição pouco confortável. Este, no entanto, já fez saber que não irá pôr o seu lugar à disposição.
As principais conclusões que se retiram do trabalho desta Comissão são que a resposta aprovada por Olmert foi precipitada e exagerada no que toca aos meios e força empregues, e que Olmert seguiu “cegamente” as indicações do Exército israelita. Para além disso o relatório constatou que os objectivos que baseavam esta intervenção, entre os quais a libertação dos dois soldados israelitas detidos no Líbano, não eram totalmente exequíveis.
Também o ministro da defesa, Amir Peretz, e o ex-chefe do Estado-maior, Dan Haloutz, foram mencionados no inquérito levado a cabo por uma equipa de juristas, militares e universitários.
O ministro da defesa é acusado de se ter precipitado na tomada de decisões numa área na qual não é perito, de acordo com o relatório da Comissão Winograd. Dan Haloutz é criticado por ter subvalorizado as consequências que os rockets lançados pelo Líbano, no Norte de Israel, teriam. Recorda-se que este tipo de ataques, perpetrados pelo Hezbollah, fez com que um milhão de israelitas tivesse de fugir ou permanecer em refúgios subterrâneos, muitas vezes, durante dias.