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No início de Novembro, grande parte das instituições apoiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia tinha recebido apenas 15 a 40% do seu orçamento anual. A dependência quase exclusiva de fundos comunitários é a razão para os atrasos no financiamento, o que está a causar “grandes dificuldades”, segundo afirmam responsáveis ao Diário de Notícias (DN).

Os atrasos verificados são recorrentes, e a explicação para tanta demora diz respeito à opção do Governo em não assumir o financiamento da ciência, deixando este papel a cargo da União Europeia (UE).

No entanto, a situação pode mudar no próximo ano, com alterações no sistema de financiamento à ciência. O Governo pretende financiar as instituições directamente com verbas contempladas no Orçamento de Estado, uma medida há muito esperada pelas instituições.

“Uma situação dramática”

Contactados pelo DN, vários investigadores afirmam que são muitas as instituições que estão com este problema. Para Gaspar Martinho, director do Centro de Química Física Molecular, do Instituto Superior Técnico, os atrasos dos fundos da UE comprometem o planeamento dos projectos de investigação, e que “por exemplo, a aquisição ou substituição de equipamentos está completamente parada”. Estes atrasos criam “uma situação dramática”, explica o director.

Adelino Leite Moreira, da Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), garante que os atrasos podem gerar “embaraços nos programas de investimento”. Ainda assim, “temos expectativas em relação a 2007: há uma nova dinâmica e novos projectos, ainda que não se traduzam em investimento imediato”, afirmou Adelino Leite Moreira.

Outra questão importante quanto ao financiamento directo do Estado é referida por Sobrinho Simões, presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP). Segundo Sobrinho Simões, com o apoio estatal, havia maior garantia de estabilidade das instituições no que toca à transferência de verbas.

Para o director do IPATIMUP, é essencial a estabilidade dos Laboratórios Associados do Centro e Norte do País. Os Laboratórios Associados de Lisboa e Vale do Tejo são financiados pelo Estado e não pelos fundos comunitários, devido ao PIB superior desta região face a média europeia, e por isso, os mais afectados com o atraso dos fundos são os que laboram fora desta região.

O Presidente chinês, Hu Jintao, encontrou-se hoje com Pervez Musharraf, Presidente do Paquistão, para debater uma cooperação estratégica a longo prazo entre os dois países. Ambos defenderam que a cooperação deve abranger sectores tão diversos como as infra-estruturas e a cultura.

Na reunião que aconteceu em Islamabade, capital do Paquistão, os dois chefes de Estado deixaram claro que uma cooperação estratégica de longo prazo traria benefícios não só para os dois países, como para toda a região, pois a China está apostada em ajudar no processo de pacificação entre o Paquistão e a Índia.

O Presidente paquistanês esclareceu que o seu país necessitaria, sobretudo, de uma ajuda nos sectores da mineração, cultura e turismo de forma a desenvolver as suas capacidades económicas e culturais.Antes da sua visita ao Paquistão, Hu esteve na Índia, país que não recebia um presidente chinês desde de 1996.

Durante a visita à Índia, o Presidente chinês manifestou o desejo de os dois países intensificarem as relações comerciais e a cooperação energética. No final da visita, Hu Jintao declarou que se a China e a Índia conseguirem superar as diferenças e construírem uma relação forte “o século XXI será da Ásia”.

De lembrar que existem, ainda, divergências em relação às fronteiras, que vêm desde a guerra de 1962. Este confronto terminou sem que os países assinassem qualquer tratado de cessar-fogo. A paz entre ambos tem sido possível graças a acordos de boa vizinhança como aqueles que foram assinados em 1993 e 1996.

O exército paquistanês testou ontem, em local secreto, um míssil capaz de transportar ogivas nucleares e convencionais a uma distância de 1300 quilómetros. O lançamento do míssil, de seu nome Hatf V, aconteceu um dia depois de ter sido assinado um acordo entre a Índia e o Paquistão que visa “limitar os riscos de acidentes atómicos”.

A resposta do governo indiano veio pela boca de um antigo alto-comissário para o Paquistão, G. Parthasarthy, que minimizou o acontecido, afirmando que este não afectará as relações entre os dois governos.

A pedido do governo paquistanês o primeiro-ministro chinês, Hu Jintao, irá deslocarr-se a Islamabade para discutir a possível construção de centrais nucleares capazes de produzir 600 megawatts de energia. Esta será a primeira visita de Hu Jintao a este país e deverá acontecer na próxima semana.

O governo do Presidente paquistanês, Pervez Musharraf, tem um interesse acrescido na consumação desta colaboração entre o seu país e a China, visto que o seu vizinho e rival, a Índia, está prestes a realizar um acordo do mesmo género, mas com os Estados Unidos da América (EUA). O início desta cooperação entre a Índia e os EUA está, ainda, depende da aprovação do Congresso norte-americano.

Já se contabilizaram pelo menos 69 mortos hoje em vários incidentes violentos em zonas distintas iraquianas. Grande parte destas fatalidades são obra dos bombardeamentos norte-americanos contra alguns bairros de Ramadi a oeste de Bagdad. Anas Mohamad, médico do hospital de Ramadi referiu que o bombardeamente aconteceu durante a manhã e deram entrada 26 cadáveres, entre os quais mulheres e crianças. Já as fontes militares norte-americanas asseveram não ter qualquer conhecimento sobre baixas causadas, afirmando que apenas dispararam contra um edifício.

No Oeste de Bagdad, a explosão de um carro armadilhado perto de um restaurante de Al-Hurriyah al-Tha nyah causou um morto e quatro feridos. No centro de Bagdad, perto do rio Tigre, outra explosão de um carro armadilhado causou a morte de 10 pessoas e 25 feridos. Em Yussifiyah, a 20 quilómetros de Bagdad, três rebeldes suspeitos de pertencerem a uma rede que armadilhava viaturas para atentados foram mortos por militares norte-americanos. A leste de Bagdad, perto de Mandali, junto à fronteira com o Irão, um grupo de homens armados atacou uma carrinha e matou sete dos ocupantes, tendo ferido outros dois, revelou a província de Diyala. Também nesta província, dois polícias foram mortos e outros 14 ficaram feridos, quando a patrulha que seguiam foi atacada pelos rebeldes.

Entre 100 a 150 pessoas que se encontravam num centro de investigação foram raptadas hoje, em Bagdad, naquele que é considerado o pior incidente do género desde a ocupação militar do país por uma força liderada pelos Estados Unidos, em 2003. Os raptores usavam uniformes da polícia. Três dos raptados já foram libertados, desconhecendo-se o paradeiro dos restantes.

O PSD, na voz do seu vice-presidente do grupo parlamentar, Agostinho Barquinho, denuncia casos de pressão no interior da RTP. Ao Expresso desta semana, o social-democrata afirma que um assessor de Sócrates exigiu falar com pivô da RTP durante um noticiário daquela estação.

Em declarações àquele semanário, na sua edição impressa, Agostinho Barquinho assegura que alguém terá telefonado para a RTP, exigindo falar com o editor e o pivô do telejornal, na tentativa de filtrar uma notícia “desagradável para o Governo”. O caso terá passado no último meio ano, e segundo aquele deputado, as pressões foram inconsequentes por causa “da ombridade e dimensão profissional” do jornalista em causa.

A resposta do lado do Governo surgiu na palavra do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva. De acordo com o Público, o ministro classifica a denúncia do PSD de “atoarda”, debatendo o caso com o facto de "todos os pivots, editores e director de informação da RTP contactados foram unânimes em dizer que nunca sofreram pressões".

Augusto Santos Silva vai ainda mais longe ao afirmar que os boatos sobre as manipulações são uma “tentativa de pressionar politicamente e de forma ilegítima a RTP”, e que as mesmas constituem “um insulto a todos os profissionais, direcção de informação e administração da empresa”.